Vocação e carreira dos filhos: interferir ou orientar? 2a parte

Na primeira parte do nosso texto, terminamos falando sobre como as crianças fantasiam quando brincam de exercerem determinadas profissões. Com os adolescentes, no entanto, é bem diferente. Eles são mais maduros em vários aspectos e já sentem a pressão em definirem logo e com precisão a carreira que irão seguir. Essa carga vem dos amigos, da escola, da mídia, da sociedade… E se vier dos pais também, torna-se muito nociva para os filhos, pois gera insegurança, baixa na autoestima e na autoconfiança. Por isso, todo cuidado é pouco.

A adolescência é uma fase de descobertas em que os jovens precisam de espaço para descobrirem suas vocações. Se, por um lado, há aqueles que têm clareza do que desejam ser e do caminho que querem trilhar, existem também os que têm dúvidas. E esse tipo de questionamento faz parte dessa fase da vida. Hamlet já devia ser um jovem adulto, mas sua célebre frase “ser ou não ser, eis a questão”, cabe muito bem para essa fase da vida.

Portanto, os adolescentes precisam ser orientados pelos pais, que irão ajudá-los a perceber seus talentos, suas habilidades, simpatias, seu modo de ser. Mas isso é diferente de direcioná-los estritamente para determinadas profissões que o pai ou a mãe acham melhores, seja porque fazem parte dos negócios da família, seja porque parecem mais rentáveis ou, ainda, por serem uma tradição familiar.

Nessa fase, é de extrema relevância conversar com os filhos, entender o que eles desejam realizar, como imaginam e desejam que seja a própria vida. Alguns podem querer uma vivência mais tranquila, rotineira, enquanto outros, por exemplo, talvez desejem uma carreira muito dinâmica. Há os que sonham com uma profissão que traga estabilidade e segurança e os que têm o desejo de empreender e de se arriscar nos negócios.

Por tudo isso, é fundamental que os pais ajudem os adolescentes a se perceber e se conhecer. Também é essencial que os demonstrem confiança na capacidade dos filhos de escolher a carreira certa e de lidar com a vida, com as outras pessoas, com as demandas e pressões de qualquer trabalho. Passar essa segurança para eles, é de grande importância, pois fará com que se sintam autoconfiantes, instigando a coragem e a determinação para trilhar e enfrentar seus próprios caminhos.

E se a profissão escolhida for realmente muito diferente daquela com que os pais sonharam? Bom, nessa hora é preciso se lembrar que o trabalho sempre pode garantir uma vida digna, segura e bem-sucedida, desde que seja exercido com responsabilidade, propósito, de forma correta e honesta. Mais do que buscar definir a carreira dos filhos, essa é a base que o pai e a mãe devem transmitir, não só nas conversas, mas, principalmente, com o seu exemplo diário na vivência familiar.

Muitas vezes, não é simples entender quais caminhos profissionais seguir, mas a vida é feita de escolhas e com a carreira não é diferente. Então, por mais que os pais queiram ajudar os filhos, não irão livrá-los das infinitas opções que precisarão fazer ao longo dos anos. Por isso, ao invés de escolher para eles, é preciso ensiná-los os princípios corretos para que possam fazer suas melhores escolhas. E pai e a mãe podem ter certeza: não há caminho melhor que esse para ser bem-sucedido.

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