Muitas crianças têm uma inteligência que se destaca. Elas costumam aprender rápido, são curiosas, buscam respostas para tudo. Algumas delas podem se tornar mais intelectuais, gostando de ler e estudar, outras se tornam mais sociáveis, podendo exercer a liderança desde a infância e tornando-se boas negociadoras, empreendedoras.
O importante é entender que as crianças com altas habilidades, como atualmente são chamadas, precisam de uma educação mais direcionada e compatível com suas capacidades. Também é necessário que tenham apoio emocional dos pais, afinal de contas, tudo aquilo que foge ao que é considerado normal pode causar estranheza nas outras pessoas, e com elas não é diferente.
Algumas crianças e adolescentes com altas habilidades podem se tornar antissociais, ser alvo de bulying e, até mesmo, tentar esconder a inteligência para serem aceitas mais facilmente. Outras podem se valer da própria inteligência para se sentirem melhores ou superiores aos demais, trazendo, do mesmo modo, questões de interação social.
A forma como lidam com essa característica é influenciada pelo modo como os próprios pais encaram essa questão. E é preciso que eles mantenham a harmonia, sem menosprezar e nem supervalorizar as habilidades dos filhos, pois cada criança e adolescente tem suas particularidades, facilidades e dificuldades. E cada um é especial e único em seu modo de ser e deve ser respeitado em sua individualidade.
Crianças e adolescentes com altas habilidades que são subestimados podem nunca chegar a desenvolver plenamente o seu potencial e buscar experiências em ambientes nocivos e destrutivos. Por outro lado, quando muito exaltados, podem se tornar intolerantes e impacientes com as outras pessoas que não aprendam tão rápido, ou se sentir pressionados para serem sempre os melhores entre os colegas de classe, com destaques no desempenho acadêmico.
Como em tudo na vida, o equilíbrio é sempre a melhor escolha. É extremamente prejudicial para a saúde emocional das crianças e dos adolescentes acreditar na necessidade de serem perfeitos em tudo, sem poder errar ou demonstrar dúvidas, anseios. Essa crença leva ao desenvolvimento de comportamentos de compensação como: tiques nervosos, compulsão ou repulsão para se alimentar, vícios em jogos eletrônicos, por exemplo.
E nenhum pai ou mãe deve se sentir menos inteligente ou intimidado por um filho que demonstra altas habilidades. Os filhos podem ter uma maior capacidade intelectual, mas as figuras de autoridade da casa são os pais, sempre, e isso deve ficar claro invariavelmente. O estereótipo do gênio louco, antissocial, nos mostra a necessidade de cuidado com o emocional destas crianças e com os limites e regras colocados pelos pais.
Ainda que elas tenham uma capacidade argumentativa e intelectual acima da média, o desenvolvimento e o amadurecimento cognitivo e intelectual não seguem o mesmo passo. Então, é preciso não confundir inteligência com maturidade ou com a capacidade de assumir responsabilidades. Ainda que possam compreender matemática avançada, por exemplo, seguem sendo crianças e adolescentes e suas responsabilidades devem corresponder a sua idade.
Portanto, não é somente porque tiram boas notas e estão acima da média que não precisam que os pais olhem de perto o seu desempenho na escola e em outras atividades. Na verdade, esse acompanhamento significa bem mais do que simplesmente checar como estão as notas. Expressa, sobretudo, o interesse no desenvolvimento dos filhos, em suas questões emocionais, nas interações escolares.
E, assim como ocorre com as crianças e adolescentes que não possuem altas habilidades, o carinho, o afeto, o cuidado e a atenção dos pais são indispensáveis para seu desenvolvimento e bem-estar.
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