Os adolescentes precisam de espaço, mas também de atenção

A adolescência é um período que pode não ser fácil para ninguém: nem para os pais e nem mesmo para os próprios adolescentes. Nessa fase, os jovens vivem uma intensa mudança na forma de pensar, agir e sentir. Isso é normal e saudável, afinal de contas, eles estão em fase de transição, deixaram de ser crianças e começam a ensaiar os primeiros passos da juventude e da vida adulta.

Nessa fase, em geral, muito da convivência que os pais tinham com os filhos quando eram crianças se modifica, além de diminuir de forma considerável. Eles podem deixar de gostar de tudo o que faziam junto com o pai e a mãe, tendem a preferir a companhia da turma e dos amigos e, quando em casa, podem querer ficar mais no seu próprio espaço, ao invés de estar nos ambientes comuns com a família.

Não é que os adolescentes não gostem mais do pai e da mãe, eles simplesmente começaram a descobrir outras nuances da vida. Por exemplo, tem aqueles que começam a namorar e aí um mundo inteiramente novo se abre. Além disso, já com uma idade um pouco mais avançada, eles ganham certa independência e começam a provar, a experimentar novos limites.

E os pais, que estavam acostumados com as crianças sempre por perto, querendo atenção, demandando seu tempo, sua presença e sua atenção, podem se sentir um pouco desamparados com toda essa mudança. No entanto, é preciso entender que é natural que os adolescentes se tornem menos dependentes e que, por isso mesmo, queiram o seu espaço mais reservado, por exemplo.

Ainda assim, o cuidado dos pais não pode afrouxar. É preciso prestar atenção ao que estão demonstrando, como estão se comportando. Nessa época, é normal ter oscilações de humor, às vezes eles ficam emburrados, não querem conversar, em outras ocasiões estão falantes, mas também ficam tristes, pensativos, etc… Porém, se essas oscilações se tornarem constantes e muito graves, talvez indiquem que é preciso o auxílio de um psicólogo ou outro profissional.

Só que todo cuidado é pouco, principalmente no que diz respeito aos pais acharem que os filhos apresentam algum problema por terem mudanças de comportamento. Não se pode problematizar o que é típico dessa idade. Outro risco é que os pais caiam na ilusão de que os adolescentes já sabem das coisas e que não precisam mais de direcionamento, já que deixaram de ser crianças. Cuidado, isso não é verdadeiro.

Os adolescentes, bem como as crianças, precisam de limites claros, além do apoio dos pais. Também precisam de um ambiente acolhedor para se expressarem, desde que o façam com respeito aos demais familiares. Ao pai e à mãe, cabe adaptar a linguagem e a forma de se relacionar, pois a interação com os filhos seguramente se transforma. Diálogos abertos, francos e o real interesse pelo que estão vivendo, pensando e sentindo facilita bastante.

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