A importância da educação socioemocional

Quando falamos em educação socioemocional a grande maioria das pessoas ou fica impassível ou franze a testa. Ainda se sabe muito pouco a respeito desta linha educacional, que é extremamente relevante, senão a mais relevante de todas. E sabe por que ela é assim tão importante, chegando a ser considerada o pilar central? Por uma única razão: ela ensina às pessoas como se tornarem autoresponsáveis e autogestoras da própria vida.
Quando você reconhece seus padrões de pensamentos, sentimentos e ações, verdadeiramente, você desenvolve o maior e mais importante instrumento para a vida: saber fazer escolhas melhores. Já que você não pode controlar o mundo, e não vale aqui brincar de Pink e Cérebro, resta controlar-se a si mesmo.
Essa é a grande sacada que pode, verdadeiramente, mudar tudo na vida de qualquer pessoa. Não é um passe de mágica, pois é necessário perseverança, resiliência, determinação para, de fato, fazer diferente. Não é mais fácil que fazer um regime, começar a se exercitar, colocar em prática aquele projeto tão sonhado.
Para se criar um novo hábito, é necessário que se abra mão dos velhos padrões mentais, suas empoeiradas práticas e, também, dos ganhos secundários que decorrem dessas práticas equivocadas. Mas quem está realmente disposto a romper com tudo isso alcança melhores resultados em todas as áreas de sua vida e maior nível consciencial.
Não raro as pessoas dizem que situações recorrentes não deixam de acontecer em suas vidas. Por quê? Porque elas seguem pensando da mesma forma, sentindo da mesma forma, agindo da mesma forma. Mesmos ingredientes, mesmo resultado. Só podemos ter resultados diferentes se tivermos ingredientes diferentes.
Basta pensar. Sabe aquela pessoa que te parece muito, muito, muito difícil? E que você tem que “suportar”? Já pensou em agir de forma mais tolerante com ela? Se você tivesse um pouco mais de paciência, não fosse tão rude e de tão pouca boa vontade, será que a relação não seria melhor? Ah não, mas com ela é impossível!!! Então olhe ao redor e veja se há alguém que consegue lidar bem com ela. Se há, você também pode fazer. Se não há, que tal ser um desbravador? É óbvio que há situações em que o melhor é realmente cortar as relações, mas a maioria das vezes não é assim.
A questão é que estamos sempre buscando colocar a culpa nos outros e, quando fazemos isso, nos isentamos de praticar a única e verdadeira razão pela qual estamos vivos: sermos melhores.
Nós nascemos para evoluir, para aprender a viver de formas melhores e isso implica, necessariamente, em cuidar da gestão dos próprios pensamentos, sentimentos e ações, ou seja, gerir a própria vida. Implica em olhar para os impactos de suas ações e em querer agregar valor e somar. Para tanto, é preciso olhar o outro com tolerância, ser adaptável, ser gentil, ser gregário e cooperativo. Isso só para começar.
Se você, no seu dia-a-dia, não está sendo e não busca ser assim, a grande verdade é que está deixando de viver, deixando de evoluir e, em algum momento, isso trará consequências dolorosas para que você aprenda que há formas diferentes, melhores, mais aprimoradas de viver, de se relacionar, de ser. E então, não é melhor investir na mudança ao invés de ter que lidar novamente com aquela situação desconfortável? Pense bem. Se você tem bom senso e não é masoquista, já sabe qual é a resposta.

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