Viver é se relacionar

Já parou para pensar em quantas atividades o ser humano faz em conjunto? Nós nos alimentamos conjuntamente, trabalhamos em equipe, só podemos ser gerados se há a união do pai e da mãe, vamos à escola em grupos. Ou seja, a maior parte de nossas atividades são todas feitas em conjunto. E isso diz muito sobre nós, pois evidencia nossa tendência a viver em grupo, em sociedade.

O ser humano é gregário, portanto a coexistência e a convivência são regras da natureza humana. Por isso sentimos a necessidade de estar junto de outras pessoas. Viver, participar da vida é uma escolha constante e ativa. Assim, estar vivo significa interagir, se relacionar e se comunicar nestas relações, independente de quais sejam.
 
Quando olhamos por este ângulo, vemos que a necessidade de união vai bem além da operatividade do conjunto. O trabalho em grupo permite realizar tarefas impensáveis para um único homem, mas o convívio é fundamental para o nosso desenvolvimento pessoal. O ser humano precisa estar junto para crescer e amadurecer.

Isso porque a nossa evolução só se dá a partir do relacionamento com as outras pessoas. É a partir de nossas relações que percebemos onde podemos ser melhores, como chegar ao consenso, como respeitar e valorizar as diferenças que existem em cada um de nós. Já imaginou, se você tivesse vivido a vida inteira sozinho? Como iria ter aprendido o que é certo, errado, como e quando falar, como se portar nas mais diversas situações?

Quando falamos em relacionamento, nos referimos a todo tipo de relacionamento: com os familiares, os amigos, as pessoas do trabalho, com o moço da padaria, os vizinhos, com seu cônjuge ou namorado(a). Cada relacionamento tem suas características, seu grau de intimidade e, independente de qual seja, todos nos ensinam a conviver, a compartilhar, a traçar objetivos comuns, a estabelecer limites, a respeitar os das outras pessoas, a dizer aquilo que pensamos, a nos colocar no lugar do outro, a aprender a ouvir.

Ainda que as formas de se relacionar sejam variadas, há alguns princípios básicos que garantem que um relacionamento seja saudável, não importa se for um casamento ou uma amizade. Amorosidade, respeito, tolerância, flexibilidade, admiração e sinceridade são a base de sustentação de relações construtivas.
Além disso, também é preciso ter a consciência de que relações interpessoais mais saudáveis geram ambientes mais harmoniosos. Ou seja, quando você sabe se relacionar melhor com as outras pessoas, isso influencia você e todos ao seu redor.

Estudos sobre produtividade no trabalho demonstram, a cada dia, que quanto melhor é o ambiente e a qualidade das relações da equipe, melhores são os resultados. É como time de futebol. Não adianta ter um grande craque se ele não consegue lidar bem com os demais jogadores. O time funciona em conjunto e é a harmonia entre todos que garante o sucesso no placar.

É por isso que uma pessoa tóxica, desrespeitosa, não aberta ao diálogo, que não sabe se aprimorar para conviver melhor, em grande parte das vezes, acaba ficando sozinha e sendo isolada. Se você tem alguém assim em sua vida, afastar-se, em geral, é realmente a melhor opção, e sem culpa! Ficar ao lado de quem está sempre de mau humor, que só enxerga o negativo, que parece fazer questão de colocar os outros para baixo, que é rude, grosseiro e desrespeitoso não é bom para ninguém. Nem para você, que pode se deixar influenciar pela tendência negativa da pessoa, e nem para ela, que não percebe ou não quer admitir  que é tóxica.

Na verdade, o afastamento pode fazer com que, um dia, essa pessoa chegue a uma reflexão mais profunda sobre seus valores e seu modo de se relacionar. E lembre-se: de nada adianta ficar ao lado de uma pessoa tóxica achando que ela precisa de você para mudar. Isso não é real. A mudança é um processo interno, individual e que compete única e exclusivamente a cada um de nós. Ninguém muda ninguém, só podemos mudar a nós mesmos.

Por isso é importante estarmos sempre atentos aos nossos relacionamentos. É importante percebermos se nós estamos sendo tóxicos em uma determinada relação. Por exemplo, há pessoas que conseguem ser bons colegas de trabalho, responsáveis até alegres, mas em família, já não conseguem desenvolver a mesma dinâmica. Ou, até mesmo, há quem tenha uma relação equilibrada com alguns familiares e com outros passe bem longe disso.

É aí que entra o instrumental do autoconhecimento e da educação emocional, que nos ajuda a desenvolver melhor a nossa percepção. Assim, podemos, com mais facilidade e leveza, entender o que é preciso modificar e como fazê-lo. E não se engane, por melhor que nos pareçam os nossos relacionamentos, sempre, sempre há espaço para se aprimorar. Sempre é possível ir além de nós mesmos, fazendo melhores escolhas e construindo melhores relacionamentos.

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