Muitas vezes, as pessoas olham para famílias equilibradas, felizes e acham que é uma questão de sorte os filhos serem educados, respeitarem os pais, serem carinhosos. Acontece que, como tudo na vida, a harmonia familiar não vem de graça, é uma construção.
Como costumamos dizer, se relacionar dá trabalho, seja com quem for, com os amigos, o chefe, os colegas do serviço. E, na família, então, onde a interação é intensa e muito próxima, além das diferenças de personalidade, o relacionamento é ainda mais trabalhoso.
Na vida social, por conta da interação pouco frequente, em certas ocasiões, é possível disfarçar, não perceber ou deixar passar algumas coisas. Mas no ambiente familiar é diferente. Os que são mais próximos têm a oportunidade, pelo convívio constante e intenso, de se conhecer com maior profundidade.
Essa intensidade e qualidade da relação familiar também traz outro tipo de responsabilidade, principalmente se estamos falando da relação entre pais e filhos. Como sempre dizemos, o pai e a mãe são figuras de autoridade e cabe a eles estruturar a família, educar e guiar as crianças e os adolescentes.
A comunicação, exercitada por meio de um diálogo respeitoso, franco e aberto, é um dos principais ingredientes para quem deseja construir uma família equilibrada e harmoniosa. Sem se comunicar não há interação e, consequentemente, o convívio familiar fica bem mais complexo.
Além da comunicação entre o próprio casal, a forma de se comunicar com as crianças e os adolescentes é essencial. Eles estão em desenvolvimento e precisam de amor, respeito, mas também precisam ser educados, aprendendo os valores, as regras e os limites familiares.
Esse é um processo que demanda paciência e tempo. As crianças não nascem sabendo essas regras e precisam crescer e aprender a se adaptar a elas. Para algumas pode ser mais fácil, para outras nem tanto. Mas, independente de como seja a criança, com atenção, carinho e uma postura firme dos pais, sempre é possível.
As crianças e os adolescentes, cada qual a seu modo, precisam entender o que não está correto em seu comportamento. E, para tanto, os pais precisam pontuar, corrigir, colocar os limites, as regras. E não é só no fim de semana, é o tempo todo, 24×7.
Por outro lado, pais que são permissivos, que não corrigem os filhos e os deixam agir como querem, sem limites e sem regras, não contribuem em nada para o equilíbrio familiar. Isso também ocorre com aqueles que se exaltam, que brigam, se irritam e perdem a paciência diante de um comportamento inadequado das crianças.
Não se engane, na juventude e na vida adulta, os filhos precisarão se adaptar aos limites do trabalho, da sociedade. Assim, se não aprendem a respeitar as regras familiares desde cedo, o convívio social e o desenvolvimento da carreira, por exemplo, podem se tornar muito complexos.
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