Somos influenciáveis e moldáveis? Continuação…

Na terça-feira passada (11) nós começamos a falar sobre o quanto somos influenciáveis e criamos, muitas vezes, modos de ser e de agir que não nos preenchem e satisfazem para nos encaixarmos nos padrões familiares, sociais. E como isso se expressa em diversas situações em nossas vidas.

Há, por exemplo, pessoas que seguem os padrões de beleza em voga. Sem perceberem, eles as levam a ter hábitos de consumo desenfreados, pois querem ter determinadas roupas, acessórios, status social e aparência a qualquer custo, independente das condições financeiras ou físicas serem ou não adequadas.

Muitas vezes, vivemos de acordo com esses modelos para nos sentirmos aceitos, pertencentes, para agradar aos outros. Só que nada é capaz de tampar os buracos afetivos que essas escolhas geram. A falta de autoamor e autorrespeito ao se levar uma vida sem propósito, de decisões tomadas para agradar aos outros e que não tem um sentido mais profundo para nós, geram dores emocionais profundas.

É importante entender que não é preciso bater-cabeça e romper com todas as regras familiares e sociais para ser uma pessoa realizada. Acredite, ninguém vai recriar o mundo, a família, as relações, o trabalho, no entanto podemos reinventar a nós mesmos diante do mundo em que vivemos. Para tanto, podemos fazer atualizações nos padrões que não nos impulsionam, para nos libertarmos de nossas próprias amarras.

Para saber onde nos limitamos, basta observarmos nossa vida e as áreas nas quais não nos sentimos satisfeitos ou nas quais gostaríamos de ir além. Onde houver alguma dificuldade ou desejo não realizado, pode ter certeza de que há uma ou mais crenças que te impelem a não avançar, a não se superar e a acreditar que você é desta forma e ponto final.

A boa notícia é que nunca é tarde demais para mudar e ser feliz. Sempre é possível melhorar, se aprimorar. Quer um exemplo? A escritora Cora Coralina publicou seu primeiro livro aos 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional. Até hoje seus poemas emocionam e abrem um universo de sensibilidade única para seus leitores.

E se você pensa que isso ocorreu porque ela tinha um talento especial, saiba que todos têm. Só que, como Cora, que se revelou poeta com muitos anos vividos, alguns de nós ainda não despertamos para os nossos talentos ou para os próprios desejos. Porém, se olharmos ao redor, veremos que há muitas pessoas comuns, que nos mostram como sempre é possível fazer a diferença.

Pode ser um idoso que tenha decidido terminar os estudos. Uma pessoa que inicia uma nova carreira depois dos 40 ou 50 anos. Alguém que realiza um sonho de infância depois de adulto ou que inicia um novo empreendimento depois se aposentar, podendo ser algo que gere renda ou uma iniciativa beneficente. Há quem retome um relacionamento romântico depois de décadas sem se encontrar.

São tantas as histórias. E toda hora é hora para fazer com que a nossa história também seja mais plena, que valha a pena. Como disse Cora Coralina em um de seus mais conhecidos versos:
“Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.”

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