Qual perfeito?

Já parou para pensar em tudo aquilo que você deixa de fazer porque não se acha bom, bonita, bonito ou inteligente o suficiente para poder realizar? Desde algo simples, como não vestir uma determinada peça de roupa que você acredita que não fica bem em você, só em modelos, até mesmo desistir de um projeto que pode mudar a sua vida por não se achar capaz de realizá-lo.

A verdade é que não somos perfeitos. Estar vivo implica em termos desafios, situações a resolver, conflitos para lidar. E, se vivermos sempre querendo uma vida perfeita, não conseguiremos lidar com tudo aquilo que nos acontece, com as situações do dia a dia com mais leveza.

E não faltam sugestões para nos mostrar como deve ser a vida perfeita: ter filhos perfeitos, que tiram as melhores notas, conseguir a melhor profissão, a promoção, o desempenho perfeito, manter a aparência perfeita. Basta dar uma olhada em algumas redes sociais e os padrões que veiculam.

A verdade é que essa perfeição não existe! E muitos de nós nem queremos alcançá-la. Baseados em um suposto modelo ideal, na verdade, esses padrões não são suficientes para abarcar a individualidade de cada pessoa.

Ainda mais, se prestarmos atenção à evolução dos padrões de beleza, por exemplo, veremos sua incoerência. Nos anos 60, a modelo Twiggy era um ícone, já nos 70, Farrah Fawcet, totalmente diferente da anterior. Na década de 80, tivemos Madona, um contraponto às anteriores, e nos 90 então? Imperou a terrível estética drug chic. Mas, se qualquer uma delas fosse um padrão absoluto de beleza e perfeição, para que ser tão variável assim?

E se compramos isso, nunca seremos felizes, pois sempre haverá alguém mais adaptado ao padrão, elevando a sua necessidade de se adequar a ele. E ainda pode acontecer de você conseguir chegar à perfeição do modelo de uma temporada, para descobrir que, na próxima, a tendência será exatamente o seu oposto, enlouquecido, não é?

A verdade é que não precisamos ser a pessoa ideal, mesmo porque não existe pessoa ideal. Não existe! Quando vivemos reféns desses “modelos ideais”, seja por influência da mídia, por cobranças excessivas dos pais na infância, ou por outros motivos, podemos acabar perdendo muito do bom que a vida nos oferece.

E tudo aquilo que pode ser divertido fica tenso. Ficamos ansiosos, pensando no que dizer, em como agir, se estamos tendo a melhor performance, se estamos causando a melhor impressão, se usamos a palavra certa, o tom de voz correto. É uma tortura mental.

Isso não significa que não precisamos nos autoaprimorar, buscar sermos melhores a cada dia. Implica em nos aceitar como somos, dentro de nossos próprios parâmetros e possibilidades, sem padrões impostos de fora e as comparações incitadas por eles, que só vão trazer uma autocobrança excessiva e uma autoimagem negativa.

Podemos, com certeza, ser pessoas melhores a cada dia e devemos nos empenhar para isso! Agir desta forma é evoluir, é buscar desenvolver a nossa melhor versão!!! Levar luz e transformar aspectos antes obscuros, como egoísmo, falta de generosidade ou gentileza, trazendo mais gratidão, caridade, tolerância, amorosidade e uma visão mais ampla da nossa existência!

Quando nos colocamos deste modo, podemos aproveitar a vida: o dia a dia, a família, os amigos, os momentos que vivemos, mesmo que não pareçam perfeitos. Acredite, faz parte ter que corrigir um filho no meio de uma refeição, ter alguma discordância com a esposa ou com o marido, lidar com questões desafiadoras no trabalho.

Assim, podemos usufruir o que já somos, com autorrespeito e autoestima, sabendo que podemos sempre ser melhores, mas sem buscar uma perfeição sugestionada, que não nos completa e nem existe de fato.


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