Qual o exemplo de relacionamento amoroso você dá para seus filhos?

Em nosso último texto, falamos sobre as questões graves que criamos ao ensinarmos a nossas filhas e filhos que eles são ou que encontrarão princesas e príncipes encantados, com quem namorar e se casar (veja o texto aqui). Hoje, vamos tratar de outro aspecto que também pode influenciar de forma bastante negativa os padrões mentais das crianças e adolescentes: o modo como o pai e a mãe conduzem seu casamento ou namoro.

Como sempre dizemos, os pais são figuras de autoridade para os filhos e a maneira como agem é um grande exemplo de conduta, principalmente para as crianças. Isso também ocorre com os adolescentes, embora muitos deles estejam na fase da negação ou contestação de tudo aquilo que os responsáveis dizem, aconselham ou fazem. Ainda assim, tenderão a reproduzir em seus próprios relacionamentos aquilo que viam ocorrer com pai e com a mãe, seja positivo, seja negativo.

Assim, um casal que briga com frequência e que reclama constantemente um do outro, que diz que o casamento é difícil, que é um peso, dá esse exemplo para os filhos. Da mesma forma, se a mãe ou o pai dizem que mulheres e homens, em geral, não são confiáveis, também irão passar esse ensinamento para eles. Com base nessas vivências, eles tenderão a crescer acreditando que as relações amorosas são duras, árduas. Podem até chegar a pensar que não vale a pena namorar e se casar, afastando possibilidades reais de envolvimento desde cedo.

Um aspecto importante em tudo isso é que, assim como os filhos tenderão a repetir os nossos padrões, nós também tendemos a agir “Como Nossos Pais” – quem não se lembra da música com esse título, que ficou famosa na voz de Elis Regina? Acontece que, na maioria das vezes, nós nem nos damos conta que agimos desta maneira, simplesmente por não fazermos esse tipo de análise ou por não considerarmos essa possibilidade. Além disso, a semelhança se dá, muitas vezes, nas sutilezas e nos detalhes e acabam passando desapercebidos.

Por isso é tão importante que os pais se perguntem qual é o tipo de relacionamento amoroso que estão deixando como exemplo para os filhos. E entender que, caso não seja um bom modelo, é preciso mudar. Nós sempre podemos ser melhores em nossas relações amorosas, mesmo quando tudo está bem, mas, principalmente, quando algo vai mal e surgem desentendimentos, conflitos. Desenvolver essa percepção trará benefícios não só para as crianças e adolescentes, mas também para seu casamento ou namoro.

Quando o casal consegue se resolver de forma harmônica e respeitosa, esse é o exemplo que passará para os filhos, o contrário, no entanto, também é verdadeiro. E não adianta contra-argumentar dizendo que não discutem na frente deles, o que é, diga-se de passagem, extremamente prejudicial, um exemplo terrível. As crianças e adolescentes são muito sensíveis e perceptivos e, ainda que os pais não demonstrem abertamente, sentem quando há algo errado, quando o casamento ou namoro não vai bem.

As relações amorosas se constroem com diálogo, cooperação, participação, consenso, interesse e respeito de um pelo outro. É no convívio íntimo do namoro e do casamento que aprendemos a partilhar, a ceder, a sermos leais, companheiros, a nos unirmos em prol da família e dos objetivos comuns dos cônjuges e dos filhos. Também nos ensinam a aceitarmos um ao outro e a nós mesmos, a nos doarmos e a recebermos. Por tudo isso, os relacionamentos amorosos podem ser um belo e profundo aprendizado de vida, quando bem desenvolvidos e trabalhados!

Sabemos que ninguém é perfeito e que todos os casais erram e acertam muitas vezes. E que precisam entender o que fazer para equalizar e equilibrar esse aprendizado conjunto. Por isso, além de desejar um feliz Dia dos Namorados, também quisemos chamar a atenção para esses pontos tão importantes! Se você tem filhos, lembre-se que o seu casamento ou sua relação não impactam somente a você e a seu cônjuge, mas a eles também. Então, de agora em diante, pensem a respeito e tenham boas reflexões sobre o exemplo que estão passando diariamente para as crianças e adolescentes.

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