Para as incertezas da vida, o autocontrole é a única solução!!!

Em nosso penúltimo texto, nós falamos sobre a expectativa, aquela forma que temos, assim, meio disfarçada, de querer controlar o modo de ser e de agir das outras pessoas. Mas não se engane, ela é apenas a ponta do iceberg de um comportamento e modo de ser muito mais profundo, que é a necessidade de controle.

E você? Se acha um controlador? Se sua resposta mais que imediata foi não, ligue o sinal de alerta: a grande maioria dos controladores têm extrema dificuldade em se enxergar como são e se iludem, achando que os outros é que fazem tudo errado ou que estão tentando controlar.

Pessoas controladoras querem que tudo na vida seja exatamente da forma como elas querem que seja, as outras pessoas, as situações, enfim, qualquer coisa. E não é preciso ter um comportamento ostensivo, autoritário para ser controlador. Muitas vezes, a forma de exercer o controle é bem mais sutil.

Alguns pais, por exemplo, mesmo com os filhos já adultos, estão sempre dando pitaco, interferindo como se fosse uma forma de ajudar. Na verdade, querem que os filhos façam o que desejam e acham apropriado, que seja mais confortável para eles próprios.

Acostumados com esse comportamento dos pais, que seguramente vem desde a infância e adolescência, muitos filhos nem percebem que isso ocorre. Podem se sentir irritados e invadidos, sem nem saber bem o porquê, não identificando a tentativa de controle.

E o contrário também acontece. Sabe aqueles filhos dengosos, que basta fazer um biquinho que a mãe ou o pai logo correm para satisfazer ou que fazem birra e são quase tiranos em suas próprias famílias? Pois é, também são exímios controladores e, se os pais não souberem colocar freios, seguirão assim pela vida adolescência e vida adulta.

Também existem aquelas pessoas com síndrome de cartomante ou bola de cristal, que gostariam de prever o futuro de forma exata, para saber exatamente o que e quando algo vai ocorrer. Isso é comum entre estudantes, por exemplo, que desejam saber que perguntas cairão na prova, como será sua profissão, sua carreira, etc.

Nos relacionamentos amorosos é bem comum as pessoas agirem assim, pressionando o outro para um compromisso mais sério, por exemplo. Há aqueles que se esquivam da possibilidade de qualquer comprometimento desde o início, por não quererem se envolver. Vai que acabam gostando de alguém de verdade, né? O controle vai para onde?

E quem trabalha com a bolsa ou investe parte de seu dinheiro em ações, títulos, câmbio? Muitos acabam ansiosos, se antecipando e investindo de forma indevida, em busca de promessas de rendimento irreais. Ou então não se movem, esperando o momento oportuno que, diga-se de passagem, nunca chega.

A verdade é que, por não entendermos como funcionam os mecanismos, as leis que regem a vida, a incerteza sobre o futuro acaba gerando medo, que é a raiva daquilo que não podemos controlar. Em razão desse medo, desenvolvemos a necessidade de controle, uma vã ilusão de que somos capazes de controlar tudo.

Só que nós não nascemos com uma bola de cristal embutida e nem com um controle remoto que comanda o mundo e as outras pessoas. Isso é irreal, não podemos e não temos o controle sobre nada e nem ninguém, apenas sobre nós mesmos. E esse é o grande segredo: o autocontrole.

Nós somos responsáveis por nossos atos e pelas consequências que eles trazem para nós e para os outros também. Então, a nossa verdadeira ocupação deve ser unicamente cuidar das nossas ações, pensando nas consequências que elas trarão.

Se o plantio é livre, já que podemos agir como quisermos, a colheita é obrigatória, e isso é certo como dois mais dois são quatro. E estamos plantando a cada instante, dia após dia, sem um único segundo de descanso, com nossos pensamentos, sentimentos, ações, gestos e palavras.

Quando entendemos essa dinâmica, passamos a assumir a responsabilidade por tudo aquilo que pensamos, sentimos, falamos e fazemos. Vivemos cada instante em busca de uma forma melhor de ser. Gerir a vida a partir dessa perspectiva é, verdadeiramente, o único empoderamento que podemos ter.

E, para quem se olha e percebe que não fez boas escolhas, que não agiu corretamente, o caminho é um só, ou seja, seguir em frente. E não há sequer um instante a perder, para reparar os erros cometidos, para se corrigir. Toda hora é hora de recomeçar, de fazer o novo, ao invés de fazer de novo.

Saber que fizemos o nosso melhor e que, portanto, colheremos o melhor possível, nos deixa em paz. Mesmo nas situações desafiadoras da vida, pois começamos a enxergá-las como oportunidades de exercer o nosso autocontrole e agir de modo mais elevado, mais agregador.

Quando agimos assim, desenvolvemos a autoconfiança, ou seja, a crença de que somos capazes de lidar de forma equilibrada com as mais diversas situações. Essa fé em nós mesmos é mais poderosa do que quaisquer adversidades e obstáculos que possam aparecer ao longo do caminho.

Assim, quando acontece algo que estava fora dos planos, seja o adiamento de um jantar, seja a perda de um grande negócio, seja o rompimento de uma relação, conseguimos lidar com o inesperado sem desespero, sem raiva e sem buscar culpados, sejam pessoas ou instituições.

Sabemos que a nossa parte é fazer o nosso melhor diante da situação, mantendo o autocontrole e vivendo cada momento de forma coerente com os nossos valores e com o que as circunstâncias demandam.

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