Padrões mentais e sua influência em nossas vidas

Nós vivemos inúmeras experiências ao longo da vida, e nesse processo, crescemos e amadurecemos. E à medida que vivemos, vamos criando uma visão específica e única sobre diversas áreas: família, saúde, profissão, finanças, relações afetivas, entre outras. Esse processo se inicia na infância e segue por toda vida.

Pesquisas em neurociência nos mostram como criamos esta visão única de nós mesmos e do mundo. Auxiliados por sofisticadas técnicas de imageamento cerebral, que permitem ver as conexões neurais construídas no cérebro, os neurocientistas examinam e investigam o que ocorre quando você pensa, toma uma decisão, se sente feliz. Assim, é possível constatar padrões de atividade cerebral que são ativados por determinados comportamentos ou modos de pensar.

Segundo a neurocientista Suzana Herculano Houzel, é nas múltiplas conexões entre os neurônios que transitam as informações sobre nossos instintos, afetos, pensamentos, subjetividade, nossa lógica, atitudes e estratégias, enfim, sobre quem somos. A neurocientista defende que somos resultado de nossas funções cerebrais. Porém, ela esclarece que as pessoas não são pré-determinadas, e que essas redes e conexões neurais se constituem a partir de suas experiências únicas ao longo da vida.

A cientista ainda ressalta que ambos os fatores, a genética e a experiência, agem sobre os circuitos neurais, as conexões que são estabelecidas entre os neurônios. Estas conexões, também chamadas de sinapses, formam circuitos que são os responsáveis por moldar o que chamamos de “padrões mentais”. Os padrões mentais são os diversos caminhos que a informação percorre de um neurônio a outro em nossas mentes, fazendo conexões, analogias, construindo significados. Esses caminhos, na verdade, dizem da forma como cada pessoa vê e interage com a vida e suas circunstâncias nas suas mais diversas áreas.

Alguns padrões mentais são consolidados na infância e, na maioria das vezes, fortalecidos e mantidos por toda a vida. Outros, com bases nestes, são gerados com o desenvolvimento e crescimento de cada pessoa. Esses padrões se formam por meio da repetição constante de situações, de pensamentos e de sentimentos. Mas não basta que a situação se repita uma ou duas vezes para que a experiência vivida se torne um padrão mental. A interpretação sobre o vivido é fundamental neste processo. E como as pessoas são diferentes, elas agem e reagem de forma diferente aos mesmos estímulos e situações.

É por essa razão que pessoas tomam rumos diversos na vida, ainda que tenham tido experiências iguais ou similares ou que tenham sido criadas juntos, por exemplo. Algumas sucumbem a suas histórias e outras têm a habilidade de agir de forma mais positiva nos momentos difíceis, mantendo a esperança e a saúde mental. Ou seja, alguns se tornam mais e outros menos resilientes.

Esses padrões acabam refletindo crenças que foram assimiladas e nutridas, condicionando nossas ações, decisões e escolhas, e também, nos impulsionando para uma vida saudável e produtiva ou limitadora. Não se trata de crenças religiosas, mas, sim, das “certezas” que as pessoas internalizam ao longo de suas vidas sobre si, sobre os outros, a família, as relações afetivas e profissionais.

Por exemplo, pessoas que durante muitos anos ouvem críticas de seus pais, irmãos, cônjuges, de que não são capazes ou bons o suficientes, acabam internalizando essa crença e irão tomar decisões com base nela, como não buscar um emprego melhor, ou até mesmo se sabotar no próprio emprego, de forma inconsciente, para nunca crescer. Ou seja, elas adotam atitudes, sejam elas mentais, por meio dos pensamentos e sentimentos, sejam elas comportamentais, compatíveis com esse padrão.

Da mesma forma, quem foi tratado como sendo incapaz de aprender e entender as coisas, tanto na escola ou na família, vai acreditar que não sabe, não entende e não consegue aprender. E pode passar anos, senão a vida inteira, sem desenvolver seus talentos e potencialidades. E, mesmo que seja muito inteligente, irá sempre fazer escolhas para provar a si mesmo que não há como ser diferente. Tudo isso em razão desse padrão mental limitante.

A boa notícia é que o contrário também acontece!
Fique conosco e veja nosso texto na próxima semana para saber como fazer para fortalecer e impulsionar padrões mentais positivos.


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