Nenhum feed é capaz de abarcar a complexidade de uma vida

Poucas pessoas podem dizer que nunca se pegaram visualizando alguns posts nas redes sociais e imaginando como deve ser bom ter uma vida tão perfeita quanto a de blogueiras, celebridades, artistas. Sempre felizes, de bom humor, amorosos com seus parceiros e parceiras, cheios de motivação e disposição.

Acontece que há muito mais por trás dessas fotos. Nenhum feed de rede social é capaz de mostrar a realidade de alguém em sua inteireza, com seus altos e baixos, desafios, questões. As mídias promovem a comunicação, a troca de informações, a educação e o entretenimento, o que é super válido e necessário. Mas não se pode confundir o que é mostrado lá com a totalidade da vida.

Todas as pessoas têm desafios, afinal de contas, viver é evoluir e, se estamos vivos, há aspectos de nós mesmos a serem superados, seja na área que for: autoestima, família, amizades, relacionamentos amorosos, trabalho, saúde. E ninguém vive só de conquistas. Todas as pessoas bem-sucedidas sabem o empenho e o caminho que trilharam até o sucesso, seja na área em que for.

Além disso, é preciso entender que, uma coisa é ter uma atitude de sempre evoluir e seguir em frente, acreditando que o melhor virá. Outra coisa é ter que parecer sempre feliz e esfuziante, na obrigação de mostrar um personagem que não transparece a realidade dos fatos e do coração. E esse padrão, essa cobrança de parecer ao invés de ser, pode ser muito perigoso.

Em primeiro lugar, porque ele coloca sentimentos negativos debaixo do tapete. Quando não trabalhadas e superadas, essas emoções causam desequilíbrios mentais e psicológicos, levando, até mesmo, ao adoecimento físico. E isso ocorre porque ninguém consegue ser o que não é para sempre e, uma hora, o caldo sempre entorna.

Há também as pessoas que passam a não aceitar e a fugir de suas vidas, já que parecem menos atrativas do que aquelas estampadas nos feeds, stories ou reels. Algumas chegam ao ponto de se refugiar no consumo excessivo de redes sociais, jogos e séries, entre outros. Assim, acabam deixando de lado experiências preciosas que poderiam trazer amadurecimento e realização pessoal, além de relacionamentos verdadeiros.

Os pais de pré-adolescente e adolescentes, especialmente, precisam ter muito cuidado e criar o hábito de atentar para o modo como os filhos têm interagido com as redes. É preciso, sim, observar o que postam, curtem, como falam sobre as pessoas que seguem. E, caso observem que há exageros, distorções, é preciso ter uma atitude firme, seja para limitar o tempo de acesso, seja para ajustar a conduta.

Ainda mais, é preciso ajudar os filhos a ver a vida real de uma forma otimista e positiva, porém construtiva. Mostrar a eles que a própria felicidade e as conquistas são fruto do compromisso com um propósito, do trabalho diário nesse sentido e que, só assim, é possível alcançar de forma sólida, duradoura e sustentável o sentimento de realização. Só assim podem conferir um sentido maior para suas experiências.

Para tanto, é importate que os pais compartilhem suas vivências, as histórias de seus sucessos, de suas realizações. Também podem dar aos filhos alguma responsabilidade diária para que, no fim de um período, seja uma semana, seja um mês, eles produzam algo que seja valorizado, uma conquista pessoal.

Por último, mas nem por isso menos importante, vem o exemplo de determinação e de satisfação dos pais com as próprias realizações. De nada adianta falar para os filhos sobre o valor de trabalhar e de construir uma existência digna, se reclamam o tempo inteiro de suas vidas, do trabalho, dos compromissos assumidos. Como dizemos, os exemplos do pai e da mãe são muito importantes e fazem toda a diferença na vivência das crianças e adolescentes. Pensem nisso!

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