Essa tal de ansiedade

Quem nunca roeu as unhas ou comeu demais por estar ansioso? Parece tão comum, não é mesmo? E é. Atualmente, o Brasil é o campeão mundial de casos diagnosticados de distúrbios da ansiedade, que atingem 9,3% da população*. E esse número pode ser muito maior, se pensarmos nas pessoas que sequer sabem que têm essas questões.

Ainda que pareça algo comum, esse mal traz muito sofrimento e pode ajudar a desencadear outros distúrbios, como pânico, depressão e tendências suicidas, por exemplo. Mas você já parou para se perguntar por que nos sentimos ansiosos?

A forma como a sociedade funciona e como respondemos a esses estímulos são as causas da ansiedade. São as pressões por resultados no trabalho, as longas horas no trânsito, as incertezas financeiras, a violência social, a cobrança excessiva que a própria pessoa se faz com relação à questões familiares, sociais, de aparência física.

Situações traumáticas, como acidentes e doenças graves, por exemplo, podem potencializar ou iniciar reações típicas da ansiedade. E também é preciso considerar que, em momentos de incerteza e de medo, a pressão e, consequentemente, a ansiedade tendem a aumentar.

As redes sociais e a internet são um capítulo à parte. Aqui entra a pressão gerada pela busca por likes, por ter um perfil impecável, por postar algo interessante, por sempre ter o que falar. Só que, na verdade, o fluxo de informações atual é muito maior do que qualquer pessoa consegue processar, o que gera mais frustração e… ansiedade.

Todas essas demandas e pressões levam algumas pessoas a ficar em um estado de alerta constante. E há uma parte do nosso cérebro, o cérebro reptiliano, que é programada para dar respostas instintivas, como lutar ou fugir. E quando nos sentimos em perigo, ameaçados ou incertos esse mecanismo dispara.

Só que não estamos mais no tempo das cavernas, correndo com nossas clavas por aí, lutando contra os dinossauros. Então, o corpo encontra outras formas de lidar com essa pressão e a ansiedade é uma delas. Assim, no dia a dia, acabamos comendo mais, tendo crises de choro, reações emocionais adversas, até mesmo violentas.

A boa notícia é que, ainda que o cérebro reptiliano se mantenha ativo, nós podemos aprender a ter controle sobre ele. Isso acontece porque o neocórtex, situado na parte dianteira do crânio, é capaz de elaborar pensamentos, raciocínios, de ponderar e de pensar em estratégias diferenciadas para lidar com ameaças, ou seja, com esse mecanismo de lutar ou fugir.

Na verdade, todo o sentimento que temos está vinculado a um pensamento. Assim, pensamentos negativos, como os que antecipam que algo não vai dar certo, que estamos em perigo, de que não se é capaz de lidar com algo ou de que a vida é difícil, entre outros, geram sentimentos de insegurança e ansiedade. Mas, se criamos o hábito de prestar atenção e refletir sobre nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos podemos frear esse processo.

Ao perceber que estamos com pensamentos negativos, podemos mudar o nosso foco, pensando em qualquer coisa positiva. Desta forma, criamos e nutrimos sentimentos positivos e rompemos com os padrões da ansiedade. Com a prática, os resultados tornam-se cada vez mais rápidos e evidentes. Aprender a controlar a própria mente é um dos principais meios de driblar e se livrar da ansiedade.

Há também atitudes e atividades diárias que nos ajudam a ficar menos ansiosos. Exercícios de respiração e atividades físicas produzem neuroquímicas cerebrais que reduzem a ansiedade. O mesmo ocorre quando nos dedicamos a algum tipo de hobby, quando aprendemos a pintar, dançar, a tocar um instrumento musical, a cantar.

Dependendo da intensidade do caso, é preciso procurar um psicólogo para auxiliar no tratamento da ansiedade. A homeopatia e a acupuntura também trazem ótimos resultados. Em casos mais graves, quando houver a necessidade de medicação para o controle das crises, é preciso o auxílio de um psiquiatria. Só não vale deixar a ansiedade sem tratar.

  • De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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