Afinal, o que é o amor? Continuação

Bom, agora que falamos do autoamor (veja a primeira parte desse texto aqui), vamos falar das outras expressões, decorrentes desse amor, em nossas vidas. Como dissemos, que ninguém se engane: se não nos amamos, não somos capazes de amar a nada ou a ninguém. O verdadeiro amor é um sentimento que surge da vontade incansável de sermos melhores que nós mesmos, em todas as situações da vida, e de fazermos o correto, o bom, o verdadeiro, para tudo e para todos.

Em um relacionamento romântico isso se revela, principalmente, com o passar dos anos. Se desenvolve e amadurece nos momentos de cumplicidade, de superação – todo relacionamento tem seus momentos difíceis – com a aprofundamento do carinho, do respeito, do acolhimento e da comunicação. Sabe quando um fala uma coisa e o outro completa? Pois é, ali já há uma interconexão mais profunda, uma comunicação que vai além das palavras.

Casais que se amam são resilientes, aprendem com seus próprios erros e seguem em frente, aproveitando as diferentes fases do relacionamento. Sim, os relacionamentos mudam, pois as pessoas se transformam, e é sábio se flexibilizar para se adaptar às mudanças. Coisas que eram muito importantes deixam de ser, e outras ganham significado especial. E são esses momentos de cumplicidade verdadeira, até mesmo simples gestos, que permanecem para sempre no coração daqueles que se amam. 

Em relação aos filhos, o amor se expressa em uma educação firme, responsável, capaz de estabelecer limites e delinear regras para ensiná-los a serem aptos a gerir a própria vida. Isso passa, também, por uma boa dose de liberdade, adequada à cada idade, e de não querer traçar os caminhos que se acha que os filhos devem seguir, nem trilhá-los para eles. Educar e dar limites é diferente de controlar. Mas isso não significa ser um  banana.

Pais amorosos preferem aguentar a cara feia dos filhos, a deixá-los agir de forma incorreta, irresponsável ou abusiva. Sabem que é melhor aguentar o bico, a birra e garantir, agora, que seu filho tenha um exemplo de conduta ética, reta e responsável. E que isso não significa serem insensíveis ou duros demais, pelo contrário. Pais responsáveis sabem acolher seus filhos e auxiliá-los a superar seus medos e dificuldades. Mas não passam a mão na cabeça para livrá-los de suas responsabilidades. 

Sabem, também, que os filhos são livres e que, independente do exemplo e da educação oferecidos em casa, podem escolher outros caminhos, mesmo aqueles obscuros e incertos. Sabem que nunca vão desistir de lutar por seus filhos, de amá-los. No entanto, entendem que, por mais duras que sejam as consequências trazidas pela vida, elas são o ensinamento necessário para que avancem. Pois, ainda que seja pelas mãos da dor e da frustração, a vida ensina e tem seus próprios caminhos.

O amor se expressa também no trabalho, onde nos sentimos úteis, contribuindo com nossa parcela para a melhora da sociedade. Quem trabalha com amor, encontra propósito em tudo o que faz, em cada função que executa, por menor que possa parecer. Entende a importância de um relatório, de um ofício bem feito, de orçamentos responsáveis e, ainda, da comunicação com os pares, do respeito com os colegas.

São aquelas pessoas que enxergam que seu trabalho não se esgota em si, e que uma atuação responsável contribui para a empresa ou instituição e, assim, para a sociedade. Por essa razão, querem fazer o seu melhor e ajudar a melhorar a companhia como um todo, os serviços que prestam ou os produtos que oferecem. Têm a consciência de que estão contribuindo, ainda que seja com uma sementinha, para a sociedade, para o mundo, para tudo e todos. 

Há também o amor que sentimos ao percebermos que há algo muito maior, que vai além de nós mesmos. Ele pode se expressar na religiosidade, na espiritualidade, ou não. Seja do modo que for, essa percepção nos surpreende, nos fascina e nos deixa maravilhados. É quando olhamos para o céu e vemos a perfeição das estrelas, do universo, quando nos admiramos com as belezas da natureza, de seus ciclos.

Em nossas vidas cotidianas, esse sentimento se expressa quando nos motivamos a seguir em frente, acreditando que a vida vale a pena, cada segundo dela. Que todo amanhecer representa um novo dia, com novas oportunidades para ir adiante ou para reescrever a nossa história, seja ela qual for. É quando nos calamos e encontramos o silêncio no fundo dos nossos corações, quando sentimos o pulsar da vida em nós.

Quem tem essas experiências, percebe e sente que a vida é preciosa, cheia de surpresas e maravilhas, que constantemente se renova, independente do que tiver sido e do que será. E que ela merece ser vivida profunda e inteiramente, em qualquer das suas expressões: seja uma rosa, um passarinho, uma formiga, um rio, um mar, um oceano, uma criança, um jovem, um adulto, um idoso. Enfim, é quando sentimos e reconhecemos que a própria vida é amor. 

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