Adolescência não precisa ser sinônimo de rebeldia

Seja por influência de filmes e séries, seja por experiência própria, tendemos a acreditar que a adolescência é uma fase difícil, de rebeldia. Só que, na verdade, não precisa ser assim. Como dissemos em nosso texto anterior (acesse aqui), esse período é realmente complexo, onde a mente e os hormônios dos filhos ficam em turbulência. Mas é possível passar por essas mudanças de forma mais equilibrada.

É certo que os adolescentes têm a tendência a contestar muito, pois estão se preparando para serem adultos. Por isso, começam a proferir suas próprias opiniões, a questionar aquilo com que não concordam, a se posicionar. E se, desde a infância, não tiverem sido ouvidos e respeitados, se não tiverem aprendido a se posicionar de forma respeitosa, essa conduta será mais intensa e conflituosa.

A verdade é que tudo o que não foi visto de forma correta quando crianças, virá à tona na adolescência, muitas vezes, como um vulcão. Por exemplo, muitos pais não buscam ajuda para os filhos quando, ainda pequenos, apresentam algum tipo de problema emocional como timidez excessiva, dificuldade de fazer amigos, competitividade exacerbada, tendências agressivas, raiva e birras constantes e fora de contexto.

Quando não são tratadas, essas questões persistem. Por isso é tão importante os pais saberem, desde cedo, como os filhos interagem com os amigos, com os professores, os empregados da casa. Mas não basta apenas saber, é preciso agir. Caso haja alguma inadequação comportamental, é preciso corrigi-la. E se os responsáveis entenderem que não estão sendo efetivos em sua correção, devem buscar ajuda o quanto antes.

Além disso, respeitar e encorajar as habilidades e aptidões naturais de cada criança fará com que já tenham a autoestima elevada e maior facilidade em se reconhecer e fazer suas próprias escolhas quando adolescentes. As crises vêm de conflitos internos que temos, mas se, desde a infância, somos ensinados a nos respeitar e nos aceitar da forma como somos, a ter limites e a seguir uma conduta dentro dos valores da família, a adolescência pode ser bem mais leve.

Outro aspecto importante é ensinar a criança a fazer suas próprias escolhas. É claro que o bom senso deve imperar e não dá para deixar que os filhos decidam sobre sua alimentação, estudos. Mas incentivar que escolham o sabor do sorvete, o modelo de mochila ou colocar duas meias para decidirem qual delas desejam usar, por exemplo, são decisões compatíveis com a idade e o grau de responsabilidade que podem assumir.

Quando esses comportamentos são desenvolvidos e nutridos, com responsabilidade e respeito à capacidade dos filhos, a adolescência fica mais fácil, pois, desde a infância, você já os ensinou a ter autonomia em suas escolhas. Além disso, também terão confiança em você e saberão que haverá uma correção, caso estejam tomando uma decisão não tão acertada.

Agora, e quando esse trabalho não foi feito na infância e o filho já está adolescente, com várias questões com as quais não sabe lidar, o que fazer? Neste caso, é prudente buscar ajuda, seja de um psicólogo, psiquiatra, dos orientadores da escola, professores ou outro profissional. O número de casos de depressão e de suicídio na adolescência têm aumentado constantemente e os pais não podem se descuidar. Sem contar o perigo dos outros lobos, como as drogas e vários comportamentos distorcidos, que têm sido propagados livremente na atualidade.

Também é importante entender que, além de ser delicado para os pais, é bem difícil para os próprios adolescentes vivenciarem essa fase, principalmente quando não foram preparados para ela. Então, mesmo que seja preciso manter autoridade materna e paterna, também deve-se atentar para o bom senso, e saber ajudá-los a lidar de forma mais equilibrada com suas questões.

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