É claro que os pais desejam que os filhos sejam felizes, alegres, inteligentes, sem problemas. Todo pai ou mãe quer isso. Acontece que as crianças e os adolescentes, assim como os adultos, têm problemas, ainda que diferentes. Com o amadurecimento eles também irão aprender a viver as suas vidas e a superar essas questões, mas na infância e adolescência, precisam da ajuda e do apoio dos pais.
Se, por um lado, os pais precisam ficar de olho aberto para ver o que está acontecendo com eles, por outro, é preciso aprender a não criar tempestade em copo d’água. Ou seja, é preciso ter equilíbrio entre não ser alarmista e achar que seu filho tem tudo, e nem fazer vista grossa para questões evidentes que as crianças e adolescentes desenvolvem.
E pode ser qualquer coisa: dificuldades de fazer amigos, fazer xixi na cama até uma idade em que isso já não é comum, ter baixa autoestima ou comportamentos agressivos, se isolar da família e dos amigos, por exemplo. Muitas vezes, os pais acham que algumas dessas questões são manha ou necessidade chamar a atenção. E não é bem assim. Em geral, todas elas têm uma causa, seja ela evidente ou não.
Com os adolescentes, acontece da mesma forma. Há questões que são típicas da idade. Atualmente, elas vêm agregadas aos conflitos comuns desta geração que, em sua maioria, tem seus comportamentos ditados pelas mídias sociais. Por meio delas, muitas crenças e comportamentos totalmente distorcidos são passados e reforçados, sem que os pais se deem conta disso.
E não adianta querer jogar tudo isso para debaixo do tapete a achar que vai se resolver em um passe de mágica. Ignorar esses sintomas pode trazer muita dor, não só para os filhos, como para toda a família. É verdade que nem sempre é agradável ou fácil lidar com as dores de crianças e adolescentes, mas, acreditem, além de ser o certo, é o melhor a ser feito.
Além de prestar atenção ao próprio comportamento dos filhos, aos comentários que fazem, aos seus interesses e ao que assistem, também é preciso ouvir o que professores, coordenadores e outras pessoas que convivem com eles têm a dizer. Não adianta entrar em uma bolha e se fechar, afirmando para si mesmo que seus filhos são ótimos e que está tudo bem. Não se resolve dessa forma.
Há pais e mães que têm muita dificuldade em buscar ajuda especializada para os filhos. De certo modo isso é até compreensível, pois desejam exercer sua paternidade e maternidade e ajudar as crianças e adolescentes a solucionarem suas questões. Mas quando se chega a situações recorrentes ou quase incontroláveis, o bom senso deve prevalecer. E busca de ajuda profissional e especializada é essencial.
Ninguém nasce perfeito e, com seus filhos, não é diferente. É importante reconhecer as dificuldades das crianças e dos adolescentes para ajudá-los a superá-las, pois sempre há uma solução. E para se chegar a resultados efetivos, muitas vezes, é preciso sim buscar ajuda. Somente deste modo se pode corrigir, a tempo, o que não está certo e evitar que questões mais sérias se desenvolvam.
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