Estamos mais sensíveis e passíveis de tomar decisões precipitadas

Por tudo o que temos vivido neste momento, estamos mais sensíveis. Em razão do isolamento, do home office ou da necessidade de ir ao trabalho e se expor a um possível contágio. E tem as crianças e adolescentes em casa, com aulas on-line, ou a preocupação com as que estão indo às aulas presenciais (ainda que tenha sido uma decisão familiar bem ponderada). Enfim, são vários os desafios com que estamos lidando, o que tem causado o aumento dos níveis de ansiedade, irritabilidade, tristeza e trazido falta de motivação e de esperança.

Acontece que, quando a sensibilidade aumenta, o que ocorre em situações como essas, tendemos a agir de forma desproporcionada em relação a certos acontecimentos. Ficamos muito alegres ou tristes com trivialidades, às vezes pode ser uma piada que o outro faz, ou uma palavra que usou, um modo de falar, até um olhar que mal interpretamos. Podemos perder a paciência com o que nunca nos irritou, e nos preocuparmos de forma quase obsessiva com o que não podemos controlar.

Há, ainda, quem passe a interpretar os acontecimentos de forma destoante da realidade, fato denominado pela psicologia como distorção cognitiva. Por exemplo, os adolescentes podem achar que os cuidados e regras colocadas pelos pais são para restringi-los, quando, na verdade, apenas se destinam a prezar por sua integridade. E aí se enquadram desde os limites à quantidade de tempo destinada a jogos ou às redes sociais, até a necessidade de socializar com a própria família – muitos deles têm ficado cada vez mais isolados em seus quartos.

Mas essa distorção acontece com qualquer pessoa, inclusive com aquelas que mantém boas condições de vida, com saúde, trabalho e um suposto equilíbrio nas relações familiares. Muitos, mesmo diante destas condições, têm perdido a motivação e a fé, pois já não têm esperança de que dias melhores virão. Assim, as relações têm sido abaladas de forma negativa em virtude dessa excessiva sensibilidade e das deturpações, já que, quando a percepção está alterada, a comunicação tende a piorar.

Por isso, se não cuidarmos, podemos acabar tomando decisões de rompimento, de desistência ou abandono de alguma situação de forma precipitada e desnecessária.
Como temos dito em alguns de nossos textos, esse momento também vai passar. Então, é preciso calma, além de se ter em mente que este é um período delicado e que requer paciência consigo e com as outras pessoas. Principalmente com aquelas que são mais próximas, com as quais tendemos a ter nossos arroubos emocionais.

Portanto, é preciso checar seu entendimento das situações e circunstâncias tanto no âmbito familiar, quanto no profissional. Busque conversar com as pessoas que convivem com você, pergunte como estão te percebendo, se te veem tenso, com o semblante fechado, mais ensimesmado, ou em uma euforia exaltada também. Buscar ter uma visão realista da própria situação, para saber se não está exagerando em algo, é um sinal de maturidade, de autorrespeito e de respeito com as pessoas com quem convivemos e amamos.

Além disso, também é preciso entender que, ainda que estejamos vivendo muitos desafios, é possível superá-los. Todos somos capazes de desenvolver nossa resiliência, nossa capacidade de reagir de forma empática e, até mesmo, otimista diante das frustrações com as quais temos lidado no dia a dia. Seja o adiamento de algum plano, o aumento do tempo que passamos dentro de casa, a falta de contato com amigos e familiares, a impossibilidade de fazer atividades que antes eram tão comuns.

Para aprender a superar o desânimo e os sentimentos negativos advindos dessas situações, podemos adotar práticas mais saudáveis. Não precisa de nada excepcional, apenas o que é possível de acordo com a rotina de cada um. São muitas as possibilidades: fazer uma caminhada ao ar livre ou dentro de casa – para aqueles que não se sentem confortáveis em sair – meditar, se alongar, praticar um hobby, desenhar, pintar, olhar as estrelas no céu.

Enfim, encontre um modo que seja adequado para sua situação e que te ajude a aliviar a tensão. Essas ações, quando feitas de forma constante, fazem toda a diferença para trazer maior ânimo e fé em nós e na vida!

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