Crianças chorosas e irritadiças: sensibilidade ou falta de educação? Continuação….

Na terça-feira, falamos do desafio que é lidar com a sensibilidade dos filhos e, ao mesmo tempo, com as próprias emoções, conflitos e incertezas. Como não se pode tirar as sutilezas infantis, a solução é que os pais se superem e se equilibrem, pois, nessa equação, são eles que têm maior bagagem e a autoridade para conduzir as situações.

A criança é 100% emoção e tudo para ela é intenso. Esse é o seu modo de sentir, tanto o que é bom, quanto o que é ruim. Quando está com dor, por exemplo, ela chora, como faz ao perceber o ambiente tenso, carregado, ou ao se sentir frustrada. Igualmente, ela ri, canta e dança se está alegre. Ou seja, ainda não desenvolveram mecanismos de controle das emoções.

Além disso, também expressam o que sentem no movimento do corpo: com agitação ou, em alguns casos, com passividade. Podem parecer muito eufóricas, elétricas ou podem ficar amuadas em um canto. É assim que as crianças se expressam. E é preciso deixar claro que a os pais devem estar atentos para a exceção: notando se estão mais agitadas ou quietas do que costumam ser.

Entender que reagem a certas situações dessa maneira, pode ser a chave para se portar melhor diante de alguns comportamentos infantis. Os pais não precisam acreditar que tudo o que elas fazem de errado é por desobediência pura e simples, mas, sim, uma tentativa de comunicar aos adultos que estão desconfortáveis com algo. Como dissemos, ela reage emocionalmente aos estímulos que recebe.

Não estamos dizendo que não se deve corrigir atitudes inadequadas. Mas é fundamental entender que nem sempre, ou quase nunca, o comportamento irritadiço, choroso, insistente é de responsabilidade única da criança. Uma mãe depressiva, por exemplo, terá menos atenção com os filhos que, em contrapartida, demandarão sua presença a todo instante, para suprir a falta de atenção que sentem.

Por essa razão, é realmente importante compreender que elas ainda carecem de mecanismos para manejar suas emoções e esse tipo de comportamento. Na primeira parte deste texto (acesse aqui), afirmamos que é inútil brigar, se irritar, gritar, dar castigo. Reagir de modo passional e desequilibrado, igual aos filhos, só irá reforçar essas condutas. E nunca é isso que se quer, verdade?

Se os pais não estão conseguindo se autocontrolar e atuar com moderação em tais situações, uma solução é buscar ajuda. Há inúmeros psicólogos especialistas em dinâmicas familiares que podem ser de grande auxílio. Quanto mais os pais se entenderem e compreenderem como as crianças são, mais fácil será lidar consigo e com elas, com aceitação, paciência e carinho.

Muitas vezes, o pai ou a mãe, ou ambos, não percebem que estão em desequilíbrio, muito irritados, ansiosos, estressados. Quando isso acontece, cabe ao cônjuge ou outro adulto (avó, avô, amigo próximo da família) sinalizar o que está ocorrendo. Só podemos mudar aquilo que enxergamos, então, é essencial nos observarmos e nos abrirmos para ouvir o que aqueles que nos são próximos têm a nos dizer.

É preciso ter em mente que sempre é possível fazer escolhas diferentes. E isso não significa que os pais deixarão de errar, de perder a calma, ou que o mundo irá acabar se ficarem impacientes de novo. Significa que, a cada equívoco cometido na frente dos filhos, eles podem se corrigir e escolher fazer melhor. Até manterem a paciência e o autocontrole, e conseguirem ampará-los com equilíbrio e aconchego.

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