Alguns de nós não paramos para perceber o quão sensíveis são as crianças. Muitos sequer compreendem que sua forma de perceber e interpretar o mundo é completamente diferente da nossa. Ao crescermos, nos esquecemos que um dia também fomos assim, pois tendemos a nos lembrar apenas das situações contundentes.
Mas todos tivemos essa sensibilidade. À medida que crescemos, vamos adaptando a nossa forma de ver, de ser, de interagir, e boa parte desta percepção aguçada se vai. Há aqueles que a perdem completamente, enquanto outros conseguem conservar uma captação fina dos estímulos advindos das pessoas com as quais convivemos e dos ambientes em que estamos inseridos.
Por serem bem mais sensíveis do que nós, as crianças percebem, até mesmo, mudanças bastante sutis. E reagem a elas. Por exemplo, mesmo que os pais não briguem ou percam o equilíbrio diante dos filhos, se estão em conflito, eles vão perceber. Porém, como ainda não amadureceram, não saberão explicar ou detalhar o que estão sentindo. Sequer entenderão de onde vêm esses sentimentos.
Deste modo, reagirão às sensações por meio do choro, reclamando de algo, requerendo a presença do pai ou da mãe. Algumas crianças chegam a ficar doentes, somatizando esse desconforto. Certos pais acabam percebendo que, quando estão muito nervosos ou em conflito com o cônjuge, os filhos adoecem ou ficam mais agitados. Mas a grande maioria sequer faz essa conexão.
A criança sempre vai buscar um ambiente em que se sente protegida, o que faz com que ela procure a pessoa que lhe transmite maior segurança. Tem as que chamam pela mãe, pelo pai, pelos avós, depende da relação que têm com os familiares. Elas também podem demorar a dormir e ficar com o sono irregular, acordando várias vezes durante a noite, o que irá requerer a companhia de um familiar.
Em tais situações, os pais devem ser atenciosos e cuidar da criança. Ela necessita de amor, acolhimento e abrigo. Dar bronca ou castigo pode piorar tudo. É por esta razão que é preciso saber diferenciar as reações sensíveis, das birras ou comportamentos inadequados, ou seja, da falta de educação. E para fazer esse tipo de distinção é preciso perceber e entender o modo de ser e de agir dos filhos.
Há outro ponto crucial: como acolher, ser paciente e afetuoso, quando os próprios pais estão angustiados, ansiosos ou com medo? Aqui, não há outra solução a não ser se superar. Caso estejam agitados, a melhor saída é se acalmar para ajudar os filhos a se tranquilizarem também. Se os pais estiverem impacientes ou indispostos, podem, inclusive, piorar a situação.
Sabemos que somos humanos, que temos problemas, conflitos internos, dificuldades emocionais, dentre outros desafios. E não há como impedir que essas questões influenciem nossas crianças. Por isso, é tão importante que os pais aprendam a gerenciar suas emoções e a se autocontrolar. Na continuação desse texto, que será publicada na próxima sexta-feira, vamos trazer mais informações que irão ajudar os pais a lidarem melhor com essas circunstâncias!
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