Mas, afinal, o que é o amor?

Se você leu o título acima e logo pensou em corações e rosas vermelhas, bombons e uma música romântica, talvez se surpreenda com este texto. Em geral, quando se fala em amor, a maioria das pessoas logo pensa em casais apaixonados, ou seja, o lado romântico do amor. Só que o amor é muito mais que isso. É um sentimento, um modo de ser e de agir que envolve absolutamente todas as áreas da nossa vida.

E não é possível falar de amor sem falar de autoamor. A verdade é que não é possível amar as outras pessoas, nossa família, nosso emprego, os amigos, se não nos amamos. Sabe o ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”? Quando falamos de amor e autoamor ele não se aplica de jeito nenhum. E não podemos nos enganar: o amor só se expressa em nossas vidas quando, de fato, desenvolvemos o autoamor. Do contrário é autoenganação.

Só que não fomos acostumados a pensar e a cultivar o autoamor. Por exemplo, no dia a dia, é comum pensarmos em como está o cabelo, a conta no banco, se o carro está limpo, se a roupa ficou boa. Mas sobre o quanto estimamos a nós mesmos, se nos cuidamos bem, de forma correta…. será que paramos para pensar nisso? E no que é realmente importante para nós, nossos valores, nossos princípios?

Poucas pessoas parecem entender a dimensão e a importância do autoamor. E se pensarmos que somos a pessoa com quem passamos todo o tempo, com quem compartilhamos cada pensamento e sentimento, cada momento, aquela que vai nos acompanhar em todas as nossas experiências, sejam elas quais forem? Se você pudesse escolher a pessoa que faria tudo isso ao seu lado, seria você mesmo?

E se você hesitou em responder sim em alto e bom som, não só o seu autoamor, mas todas as expressões do amor na sua vida não devem andar muito bem das pernas. Afinal de contas, se não somos capazes de amar, de zelar e de cuidar de nós mesmos, vamos fazer isso por quem? Se não aprendemos a apreciar a nossa própria companhia, a nos importarmos com nosso bem estar, em nos tornarmos melhores, por quem faremos isso?

Desenvolver o autoamor passa por aprender a se respeitar e a não fazer nada que vá contra seus próprios valores (veja nosso texto sobre o respeito aqui), a reconhecer seus avanços e tudo aquilo que precisa ser modificado para que se tenha uma vida melhor. Essas são ações constantes, pois as mudanças são inerentes ao fluxo da vida, elas vão ocorrer, e é preciso se adaptar. E, em cada uma dessas adaptações, trabalhar o autoamor.

De nada adianta achar que tínhamos autoamor aos 20, 25 anos, na juventude, e não preservar a estima por si nas etapas posteriores, mais maduras. O autoamor é o resultado da relação que construímos com nós mesmos durante toda a vida, de forma ininterrupta. Diz respeito ao quão importante acreditamos que é cuidar de nós, da nossa alimentação, de nos exercitarmos, se nos empenhamos em ser pessoas melhores, para nós mesmos, a cada dia.

Ainda mais: do quanto cuidamos da nossa saúde mental e emocional, desnutrindo pensamentos e sentimentos tóxicos, que levam a ações impulsivas, autodestrutivas e egoístas, mesmo que não percebamos. Quem tem autoamor cuida da sua própria integridade e bem estar a todo instante, não importa a idade que tenha e a situação em que esteja, nem mesmo os desafios que enfrente.

Inclusive, é preciso autoamor e resiliência para ir além de perdas significativas, de situações difíceis. É por meio do autoamor que podemos nos reabrir novamente para as experiências benéficas, alegres e edificantes, ao invés de optarmos por escolher as vias do ressentimento, da mágoa, da amargura. Quem se ama sabe o quão destrutivos para si mesmo e para as outras pessoas são esses pensamentos e sentimentos e, voluntariamente, se afasta deles.

Como temos dito, desenvolver tudo isso é um processo. Se não aprendemos a gostar de nós mesmos, de nos cuidar e nos amar desde cedo, se esse tipo de conduta não foi nutrida em nós, não é do dia para noite que irá acontecer. Aprender a amar-se, a zelar e cuidar de si, exige vontade e foco constante. Assim como o amor nas relações e nas outras áreas da nossa vida, que é o tema da continuação deste texto, e que será publicada aqui na próxima sexta. Você não pode perder!

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