Se nem mesmo os adultos conseguem fazer frente à influência das mídias, das propagandas, o que dizer de uma criança? Querer que ela responda de forma consciente diante de tudo isso, é como querer que vença a sua primeira partida de xadrez contra um campeão mundial. E ele não está lá para ensiná-la e, sim, para vencê-la. Ou seja, é desproporcional o poder de persuasão midiático exercido sobre elas.
As crianças não têm como discernir se um comercial, vídeo, filme, jogo ou qualquer conteúdo nas redes sociais são nocivos para ela. Isso cabe a nós, adultos, sejamos pais, mães, familiares, educadores, psicólogos, pediatras, psiquiatras infantis, enfim, profissionais que lidam com crianças.
E precisamos todos estar atentos aos conteúdos que estão sendo passados por estas mídias. Eles vão contra os valores e a conduta familiar? Contra o bom senso? Atentam contra sua integridade física, moral e ética? Em caso afirmativo, é preciso restringir o acesso a eles.
Essas informações nocivas, acabam por invadir a mente das crianças e trazem danos graves para elas. A necessidade de ter algum brinquedo, jogo ou outro bem, instigada pelas propagandas e pelo merchandising de alguns programas, gera ansiedade. As mentes infantis ainda são muito permeáveis e ficam fixadas no desejo de ter o produto ofertado.
Isso sem contar os transtornos sociais. Muitas vezes, as crianças podem sofrer bullying ou se isolarem ao se sentirem inadequados por não jogarem ou assistirem a determinados programas ou séries. O mesmo ocorre com determinados comportamentos, que são adotados por medo de não serem aceitos, caso façam diferente. Essas percepções e medos geram baixa autoestima, sentimento de solidão.
Interessante como “simples” propagandas, jogos ou programas podem provocar tudo isso, não é? Mas vamos analisar a questão: as crianças são fortemente influenciadas pelo que assistem. Na verdade, todos nós somos. Quem nunca chorou ou se empolgou ao assistir um drama ou filme de aventura?
As mídias direcionadas ao público infantil sabem disso muito bem e as colocam como heróis, detetives, vivendo aventuras incríveis! O que esses conteúdos trazem é a promessa de terem concretizados os seus sonhos infantis ao se ter um brinquedo, um objeto ou um jogo.
Nada há de errado em se realizar um sonho de uma criança! Isso é muito saudável, traz alegrias, autoconfiança. Aqui nos referimos aos excessos e comportamentos destoantes dos valores familiares, dos caminhos não saudáveis que podem ser trilhados.
E o que dizer dos conteúdos que incentivam a violência, a sensualização e a erotização precoce? A exposição a esses conteúdos, em que crianças estão em situações típicas de adolescentes mais velhos ou adultos, é extremamente nociva. Você já se perguntou por que um desenho, jogo ou série infantil traz apelos sexuais, sensuais?
E essa regra vale, inclusive, para desenhos animados, propagandas e joguinhos para as crianças mais novas. Não se deixe enganar pela aparência lúdica e colorida. Muitos deles passam sim, conteúdos extremamente nocivos. Assim como na história de Chapeuzinho Vermelho, os lobos preferem os disfarces menos suspeitos.
Perceber e interceptar esses conteúdos exige empenho! Devemos verificar periodicamente o que os filhos estão assistindo e acessando. E, caso haja algum destes conteúdos, é preciso restringi-los o mais brevemente possível. Use os filtros e as tecnologias disponíveis para proibir o acesso a determinados sites, youtubers, séries, desenhos. Participe e apoie ações que visem proteger a infância.
Não se engane, achando que isso é brincadeira ou extremismo. São muitos os pais que hoje se arrependem de não terem prestado mais atenção ao que os filhos consomem. Alguns deles alegam já não mais reconhecer seus próprios filhos, com comportamentos rebeldes, desviados, antiéticos, alheios a tudo o que é ensinado na família. É preciso estar de olhos bem abertos, pois estes lobos estão sempre à espreita, preparados para atacar.
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